PRAÇA TIRADENTES E ENTORNO
Nessa exposição contamos com 19 pares de fotografias, sendo fotografias do passado e atuais, correspondentes ás áreas selecionadas: Praça Tiradentes, Cadeia, Câmara Municipal e Correios.
Abaixo, mapa da Praça Tiradentes
Com forte influência católica na formação regional, o registro é de uma procissão da Imaculada ocorrida nas imediações onde hoje é o Banco do Brasil. A foto, datada do final do século XIX, destaca, à direita o Hotel Belo Horizonte e à esquerda o sobrado da Casa Benjamin, de Antônio Alves Benjamin.
Em destaque na imagem a Praça Tiradentes, c. 1920, estando o atual prédio da Câmara à esquerda. À época era onde funcionava a prefeitura, quando o presidente da Câmara era o chefe do executivo municipal. À direita da foto está o Rancho, local onde se comercializava a produção agrícola. O prédio no canto direito foi o imponente hotel Belo Horizonte. Por detrás do prédio da Câmara se localizava a Praça Argolo, sobressaindo na foto o sobrado da Casa Martiniano.
A década de 1920 assinalou gradualmente na a cidade de Teófilo Otoni algumas benfeitorias na infraestrutura. Ocorre uma melhoria nas construções do centro da cidade, embora mantivesse um aspecto bastante interiorano. Destaca-se na imagem o Hotel Belo Horizonte, de propriedade do Sr. Doche (Deoclécio Santana). Era um imponente hotel no centro da cidade, mas acessível a um público diversificado. No outro extremo da foto, à esquerda, observa-se o mercado e em destaque, uma palmeira imperial, também chamada de palmeira dos índios. A presença de cavalos no centro da cidade reforça o uso corriqueiro desse transporte.
Metade dos anos 20 do século XX. Praça Tiradentes, com destaque para o Hotel Belo Horizonte. Ao lado encontrava-se a Farmácia de Luiz Mendes, irmão de Petrônio Mendes de Souza que futuramente viria a ser prefeito da cidade.
Hotel Belo Horizonte com o morro do Cruzeiro ao fundo. À esquerda do Hotel, na imagem, Pharmácia Ottoni.
A fotografia destaca o hotel Belo Horizonte, ao fundo o sobrado,onde funcionava o Cine Império.No centro da cidade era comum a presença de crianças e adolescentes trabalhando em diversas atividades, quer seja engraxando sapatos, quer seja vendendo quitandas.
Foto da segunda década do século XX. Em 1924 ocorreu a construção do Passeio Público na cidade de Teófilo Otoni, atual Praça Tiradentes. Esse espaço foi comum no Brasil desse período e era um local frequentado pelas elites locais. Arborizado nos moldes dos jardins franceses, com plantas exóticas, transportava as pessoas da alta sociedade teofilootonense para um cenário europeizado. Também pode ser visto à esquerda a Câmara Municipal e à direita o Hotel Belo Horizonte.
A imagem dos anos de 1920 registra o bonde circulando pela atual Praça Tiradentes, tendo ao fundo o atual prédio da Câmara Municipal. O bonde, único transporte coletivo de Teófilo Otoni nas primeiras décadas do século XX, era originalmente puxado por burros sendo posteriormente substituído por um maquinário mais moderno.
Anos 20 do século XX. O Passeio Público foi construído em 1924, em frente ao atual prédio da Câmara Municipal, era protegido por grades. Pode-se observar os trilhos do bonde, o único transporte público urbano existente no período.
Metade dos anos 20 do século XX. A imagem refere-se à atual Praça Tiradentes, estando à direita a Casa Martiniano. Em 1924 a cidade presenciou a entrada do primeiro veículo movido à gasolina. Ainda que fosse uma continuidade do rural, o espaço urbano aos poucos sofria a influência da modernização ocorrida no Brasil através de novas formas de transporte. A imagem aponta para indivíduos, carros e uma moto próximos a uma bomba de gasolina. A vestimenta das pessoas conduz a um entendimento de que esse foi um evento marcante, adequado às pessoas de mais posses da região.
A chegada de automóveis na região do Mucuri trouxe outros serviços. Na imagem, o local das primeiras bombas de gasolina da cidade, instaladas onde fica atualmente um ponto de táxi. Ao fundo, destacam-se o Cine Império e o Hotel Le Petit.
Teófilo Otoni superou a crise de 1929 com intenso crescimento comercial, presenciando finalmente uma dinâmica urbana, assumindo um aspecto de modernidade. A imagem, entre o final dos anos 20 e início dos anos 30, destaca o Cine Império (popularmente chamado de Poeira), propriedade do senhor Joaquim Ribeiro & Cia. O cine ficava localizado onde hoje é a sede do Banco do Brasil. No extremo da imagem vê-se o Hotel Belo Horizonte
A Praça Argolo, até os anos de 1920 foi o centro dos eventos de Teófilo Otoni. Com o loteamento desta, a Praça Tiradentes registrada nessa fotografia de 1938 assume o papel de principal espaço de sociabilidade e solenidades públicas.
Essa imagem dos anos de 1930 apresenta novas tendências de urbanização de Teófilo Otoni. O Passeio Público, símbolo da elite cafeeira, perde espaço para um modelo de urbanização com caráter mais moderno. A praça, construída no antigo largo, paralela ao Passeio Público, apresenta forma retilínea, planejada, com contornos bem definidos. Era um espaço de livre circulação, sinalizando novas formas de socialização, típico de uma cidade que tinha o comércio como um importante segmento da economia. À direita, a Avenida Getúlio Vargas, com destaque para a tipografia dos padres e, adiante, o Liceu.
CADEIA
O atual prédio da Câmara Municipal está à direita da foto. À esquerda, está localizada a antiga Cadeia. As denúncias de más condições eram recorrentes. O jornal “O Mucury” noticiou em 1899 a morte de cinco detentos por tuberculose. Uma prisão na região central trazia maior proximidade da comunidade com os presos, inclusive deixando perceptíveis suas mazelas, o que motiva seu afastamento do espaço urbano.
CÂMARA
O prédio da atual da Câmara Municipal inaugurado em 1906 foi construído para ser a sede de um estado que envolveria o Vale do Mucuri, Jequitinhonha e extremo sul da Bahia, tendo por capital a cidade de Teófilo Otoni. O projeto não se concretizou, mas a Câmara se tornou um importante espaço político, sediando o executivo municipal até os anos de 1940.
CORREIOS
A foto dos anos de 1950 registra a atual sede dos Correios, entre o prédio da Câmara Municipal e o antigo Banco de Minas Gerais. A atividade dos Correios nasceu praticamente junto com o povoado de Filadélfia, sendo que sua criação oficial foi em 1857, ainda no período da Companhia do Mucuri.